domingo, 18 de abril de 2010

Episódio de hoje: mãos em greve

No post anterior eu mencionei que não houve interrupções desde que comecei a tocar, aos 16 anos. Bom, pra falar a verdade... teve uma interrupção, sim. Mas foi só de 3 meses, só isso!

Fui morar em Salvador/BA, na época em que meu pai trabalhou lá, em 1993. Sem a minha guitarra, pois fomos de carro, numa viagem de 3 dias e meio, muito legal. Depois de 3 meses, quando voltei pra Santa Catarina, mal cheguei em casa e fui direto pegar na minha guitarra! Eu tinha muitas saudades da minha Dolphin GX 3020T (com micro-afinação, o fino!), era a minha mais nova conquista.

Mas aconteceu algo que eu não esperava. Tive que (literalmente) sentar e chorar. Meus dedos haviam enferrujado, não obedeciam. O engraçado é que, no cérebro, a execução das escalas fluía normalmente - mas as mãos não obedeciam. Veja só o que 90 dias sem tocar guitarra fazem à um pobre estudante!

Só que de lá pra cá não deixei isto acontecer novamente. Aprendi a lição de primeira, foi horrível passar por aquela experiência. Foi como um pesadelo, com a seguinte diferença: num pesadelo você consegue acordar. Naquela ocasião eu tive que correr atrás do prejuízo, treinando muito, tudo outra vez. Haja saco.

Moral da história: se você toca guitarra por amor, nunca pare. Você precisa dela, deve tratá-la bem, estar constantemente junto à ela. Construa um relacionamento. Mas, se você faz isso apenas para impressionar... desista. Vá tentar outra coisa, isto não é para você, vai acabar frustrado.

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